sexta-feira, 24 de abril de 2015

"Existirmos, a que será que se destina?"



O ser vivo nasce, cresce, reproduz e morre. É por isso que vivemos. É para isso que cá viemos. Um dia alguém criou uma teoria chamada de "hierarquia das necessidades", a satisfação plena, dizem, está em termos que superar escalas de uma pirâmide para atingir a auto-realização.

A sociedade nos impõe desde cedo a agir de determinada forma para podermos ser aceites e premiados com a palavra "perfeito" carimbada na testa. Modelos e padrões foram criados pois somos marionetas de um mundo que gosta de ser injusto, comparativo, cruel e hipócrita. Somos obrigados a logo cedo traçar planos mesmo sabendo que a maioria deles termina em fracassos (seja optimista, proferem!).

Aonde reside a felicidade? Numa casa dos sonhos? No melhor emprego? Em ter o corpo como aquele da revista? A felicidade realmente existe ou é só uma desculpa para que os perdedores enxerguem luz no fundo do túnel e tenham motivação para lutar? Talvez o que existe, são apenas momentos em que a tristeza e a fadiga resolvem ir embora, desapegar um bocado e esquecer que somos delas dependentes.

Por falar em desapego, porquê é tão difícil? Porquê nos iludimos e preferimos nos prender a futuros com pessoas que no fundo, sabemos não ter futuro? Choramos por mortes que sabemos, jamais serão ressuscitadas."Antes só que mal acompanhado", uma das piores mentiras já inventadas pelo ser humano, aceitamos sim ouvir mentiras, perdoamos traições, acreditamos na redenção do vilão. Ninguém suporta ficar sozinho. Mas nada disso é culpa nossa, tudo é culpa deles. 

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